Tuesday, April 04, 2006

Blitz



Blitz is dead!

O meio musical neste país é tão minúsculo que já vamos deixar de ter direito ao único semanário português sobre música. O Blitz pelo que li no Meios e Publicidade vai passar em Junho a ser mensal e reduzir para metade os efectivos. O jornal sabe-se lá porquê nos últimos tempos nunca foi muito rentável. As recentes tentativas de torna-lo mais mainstream com capas, suplementos e destaques claramente a puxar para o popular é capaz de não ter tido muito resultado.

Eu pessoalmente creio que não seja uma questão de vendas, questões meramente editoriais mas de custos operacionais. Sempre torci o nariz em ver este jornal gerido por grandes grupos. O Blitz é algo que deve ser proporcional ao tamanho do mundo em que vive. Deve ter uma estrutura ágil e reduzida, instalações quasi-virtuais, e viver de jornalismo quase voluntariado como publicações como a Mondo Bizarre e muitos dos magazines musicais web nacionais que surgiram. Por outras palavras deve crescer de baixo para cima e não esperando à partida atingir metas de rentabilidiade fixadas pelo conselho gerente do grupo. Igualmente deve ter uma simbiose com os novos meios como a web algo que nunca conseguiu plenamente executar. Mas esta é claro a minha modesta opinião...

José Cid @ Maxime



Kitsch Superstar!



"Eu fui ao Maxime e vi o Cid!". Músicos, celebridades, críticos, gente fina, gente comum extasiaram-se em duas noites esgotadas de José Cid no mítico Maxime, ex-casa de alterne, agora gerido por João Manuel Vieira. Sobre essas noites não comento, não estive lá (tenho pena realmente) e outros estarão mais habilitados para tal.

Falarei aqui sobre o fenómeno "Cid" pois algo mudou. Dantes era um culto kistch semi-escondido e envergonhado. Confessava-se em surdina a sua admiração por Cid um pouco com receio de ser mal-visto. Agora é de muito bom tom referir abertamente o apreço pelo "Mestre". Porque se aprecia verdadeiramente e somente o mundo kitschiano de Cid? Porque se aprecia as muitas geniais facetas da música de Cid? Não o sei dizer. Cada cabeça, sua sentença. Alguns talvez só levem em conta uma das facetas, outros ambas. Mas muitos outros talvez porque agora parece ser moda e isso torna perigosamente José Cid a ser equiparado a uma anedota pública como José Castelo Branco.

Certo é que existe agora uma validação deste culto elevando-o a um fenómeno aprovado. A divulgação de tais concertos nos jornais, de crónicas em blogs musicais respeitaveis (como o Juramento sem Bandeira de Vitor Junqueira) dão legitimidade ao culto. O facto de o próprio Rodrigo Nogueira, responsável pelo afamado Blog Clube de Fãs de José Cid já não ter feito crítica no seu blog pessoal mas sim no mais "respeitável" Bodyspace aponta nesta direcção. O culto já não é underground, tem aprovação da crítica musical, dos media, do star-system, do público em geral.

Eu estou expectante. Não sei e não imagino se esta popularidade súbita seja nefasta ou não para o puro deleite kistchiano ou do talento musical de Cid. Espero é que realmente se aprecie Cid em si, não pelo fenómeno, não pela risada fácil das extravagâncias de José Cid. Este homem é grande pelo que fez musicalmente. Seja na vertente mais arty e já remota que muito esquecem ou no lado mais popular e "foleiro". O sua genialidade estava presente nas várias ocasiões. Cid é mesmo mãe do Rock Português...

Saturday, April 01, 2006

O Regresso



Ouvi dizer que o piu piu vai voltar... mas talvez isso seja mas é uma grande mentira...