Wednesday, September 21, 2005

Black Books na Sic Radical





Black Books em reposição

Numa reentrée um bocado desapontante da SIC Radical, foram repostas algumas boas séries de humor britânico. Uma delas é Black Books da Channel4. Esta já tinha sido apresentada e re-exibida na Sic Radical, mas é sempre bom ter mais uma vez oportunidade para a poder rever. Não sei é garantir se vão ser exibidos a totalidade dos episódios das 3 épocas.

Black Books é uma série que vive à base dos 3 personagens principais. Bernard, um irlandês eremita quase sempre bêbado e fumador, refugia-se na sua livraria, afastando o mais que pode os clientes. Fran, uma mulher com sérios problemas amorosos (ou a falta deles) tem uma loja ao lado da de Bernard, sendo quase a sua única amiga. Manny, um desajeitado errante, vindo sabe-se lá donde, ganha o emprego de assistente da livraria por acidente e vai tornar a vida da loja daí para a frente muito peculiar.

Apesar do minimalismo do elenco, a excentricidade das personagens leva a situações surreais. Sem levantar muito o véu, envenenar por acidente o Papa é por ex. das coisas mais bizarras que acontece na série. Eu apreciei bastante a química que se cria entre Manny e Bernard durante a série, qual deles o mais imbecil. Os dialógos e piadas são muita vezes cínicas, pessimistas, mordazes e basta simplesmente ver as expressões faciais de Manny para fazer soltar umas risadas.

É uma pena que esta série tenha passado despercebida no mundo da comédia. É como se fosse um precioso e escondido livro numa grande estante. Vejam-na pois sabe-se lá quando poderão ter agora nova chance. A série foi reposta esta semana e pode ser vista Terças ás 20.30 e Sábados ás 12.30 (entre outros horários). Também podem encontar editados no mercado britânico a série completa em DVD.

Revejam também o Spaced e o Two Pints of Lager and a Packet of Crisps na SIC Radical.

Classificação

Tó Maria Vinhas - O Passarinho




Amigos do Piu Piu

(1981 - Rádio Triunfo [RT 51-6])

Este blog sabe-se lá porquê, sente uma afinidade com este disco ;)
Por onde andas tu Tó?

TVI & La Féria



Rescaldo Televisivo do Fim-de-Semana

Num fim de semana em que os três principais canais se andaram a deglariaram pelo primetime com novas ofertas (Música no Ar, 1ª Companhia, Esquadrão G) nem todos podiam ganhar. Podemos apontar dois vencedores e um deles até nem é sequer uma estação televisiva. O canal vencedor é como se sabe a TVI que ao reciclar (mais uma vez) o Big Brother e voltar a contratar a dupla Frota/Conde só podia voltar ao sucesso. O outro vencedor que esfrega as mãos de contente, é com certeza Felipe La Féria. O encenador não podia ter tido melhor propaganda do que teve graças à RTP e à SIC. Sexta, a RTP dedicou-lhe na prática quase todo dia. Tendo como ponto alto a transmissão do seu musical Amália à noite, no resto do dia foram transmitidos "aperitivos" como pequenos documentários sobre Amália e directos sobre os bastidores da sua nova produção teatral O Pátio das Cantigas. Já no Sábado a revista Caras realizou a sua luxuosa e mega-social festa de 10º Aniversãrio em conjunto com a estreia da dita revista, deu-lhe exposição no primetime da SIC. Domingo, a RTP retransmitiu o clássico filme "O Pátio das Cantigas" (re-)aguçando mais o apetite pelo remake musical de La Féria. Moral da estória, quem venceu foi a tradição de apostar em modelos conservadores e garantidos. A TVI mais uma vez no modelo Big Brother que apesar de esgotado, é recauchutado, vivendo da popularidade dos intervenientes. La Féria por continuar a apostar nos saudosos musicais de revista e em icones nacionais. Ele podia ter vida difícil com esta crise, mas no entanto já imagino os bilhetes esgotados durante meses e as famílias que vão ver vezes sem conta o musical. Melhor só se contratasse Alexandre Frota para o seu elenco, que apesar de vir para ganhar cachets chorudos, fazer troça de Portugal, arrasta ainda mais multidões do que as peças nacionais de La Féria.

Wednesday, September 14, 2005

Old Bond Jeans - Motocross Club



Old Bond Jeans - Motocross Club (7")

Trago desta vez um single promocional não naquele plástico fino e fléxivel como os que eram distribuídos pelas Selecçoes do Reader's Digest mas este verdadeiramente em vinil. A disco promovia as marcas Old Bond Jeans e a Motocross Club. Penso que eram ambas do mesmo fabricante e certamente já não existem ou foram reconvertidas noutras marcas. Fiquei encantado quando descobri este single e vi quem eram os autores das duas músicas. Não eram nada mais que autoria de Rámon Galarza (celebrizado pelos Idolos) e Shegundo Galarza (pai de Rámon, falecido em 2003) e que orquestrava também as duas músicas.

Ora, diverti-me imenso já que me recordava vagamente das música da Old Bond e dois spots televisivos em si. A capa aliás, apresenta fotogramas dos respectivos anúncios.

O Lado A - Old Bond Jeans chama-se Disco Sound e é curioso porque apesar da palavra Disco os instrumentos e a melodia em si vão buscar mais inspiração aos anos 60 pontuando o psicadelismo e solos de guitarra. Há o uso de um Vocoder num sumido "Old Bond". Esta música animada tem como autor é Rámon Galarza com arranjos do pai.

Extracto da letra "Liberdade de viver. Alegria de sentir. A certeza de ter. A vontade de vestir. Jeans, Jeans, Jeans, Old Bond Jeans"

O outro lado, dedicado ao Motocross Club é mais calmo, mais clássico, tornado a letra (que é cantada por uma voz feminina) mais saliente. O tema é muito repetitivo. Autoria de Shegundo Galarza.

Extracto da letra "Camisas, camisetes. Camisas e Camisetes Motocross Club. Motocross Club. Viver o dia a dia com simplicidade e alegria. Camisas, camisetes. Camisas e Camisetes Motocross Club. A forma de bem vestir..." Motorcross Club é cantada por uma voz masculina igualmente suave.

Nos tempos que correm estas letras são um delírio kitsch! :D

O Single não tem menção à editora nem a indicação do ano. Somente apresenta a autoria e a label SG 501.

Sobre os autores:
Segundo (ou Shegundo como ficou conhecido) Galarza era basco e foi solista, maestro, compositor, fez arranjos, esteve ligado à RTP e compôs bandas sonoras e jingles publicitários. Trabalhou com Max, Tony de Matos, Lara Li, José Cid, Paulo de Carvalho, Tozé Brito, Marco Paulo, Carlos Paião e com mais meio mundo artístico nacional. Fica também marcado pela sua contribuição em canções do Eurofestival. De realçar a curiosa ligação entre o maestro e o João Manuel Vieira (Ena Pá 2000) no trabalho "Corações de Atum".

O seu filho Rámon Galarza, também fez da música a sua profissão e ficou celébre como Júri nos Ídolos da SIC. No entanto tem um largo historial musical. Baterista nos anos 70, participou no conceptual disco de José Cid "10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte", tendo sido baterista nas Doce, de José Afonso e Rui Veloso. Hoje em dia é produtor e tem o seu estúdio TchaTchaTcha.

Nota Ainda continuo a ver a melhor forma de colocar samples online. Visitem este post mais tarde.

Tomás Taveira



Os ódios de Tomás Taveira

A Arquitectura em Portugal sempre esteve em segundo plano nos mass media. Aparte de notícias sobre projectos monumentais, derrocadas, inaugurações e casos políticos como o Casino de Lisboa, a Arquitectura em si nunca foi uma arte que tivesse muito tempo de antena. Raras foram ou são as colunas na imprensa escrita, programas de TV ou crónicas radiofónicas sobre o assunto. Talvez Manuel Graça Dias tenha sido o arquitecto que mais tenha tentado colmatar este vazio levando a Arquitectura a um público mais vasto. Graças sobretudo à RTP e TSF o seu esforço de divulgação teve algum eco.

No momento, a voz mais saliente nos media é provavelmente capaz de ser Tomás Taveira que tem uma coluna regular na revista de Domingo do Correio da Manhã. Tomás Taveira até já teve durante bastante tempo direito a duas páginas mas agora que a revista sofreu uma remodelação, a sua colaboração foi reduzida a uma página. Em condições normais ficaria triste que este corte tivesse acontecido com um arquitecto, tal a escassez de que já falei. Ora, no caso de Tomás Taveira até é muito positiva. Este polémico arquitecto sempre aproveitou mal o espaço que lhe foi concedido. Semana após semana, a sua crónica sempre foi um desfilar de ódios mesquinhos e de uma vaidade repúgnável que nada dignifica a profissão que representa. Qualquer tema ou reflexão era sempre aproveitado para mostrar a sua aversão pelo estilo praticado pelos arquitectos da Escola do Porto, pela Ordem e pela constante perseguição a que é sujeito cá no burgo. Ora, Taveira só colhe o que semeia. Tirando o escândalo sexual que para aqui não é chamado (e que interessa mais ao grande público e aos tablóides) o seu comportamento civil nunca foi exemplar. As suas guerrinhas na Fac. de Lisboa de onde foi expulso, os atritos com a respectiva Ordem, o recolher à força de louros arrancados a antigos patrões já falecidos (e no qual o já foi condenado por tal em tribunal) dão-lhe uma má reputação no meio. Por tudo isto Taveira é um arquitecto isolado e frustrado.

Não sou arquitecto mas não sou cego para me aperceber que a sua contribuição não é tanta como ele quer nos fazer crer. Ele até nem é dos nomes portugueses mais citados ou com projectos mostrados em livros internacionais. Existem muitos outros arquitectos ou projectos nacionais que são muito mais divulgados e apreciados. Não me parece que Taveira tenha ou vá ter trabalhos que lhe façam valer um dia o Prizker. E por cá o efeito choque Amoreiras e BNU já se diluiu e a maioria das pessoas são lhes totalmente indiferentes. Depois disso passou bastante tempo sem conseguir "chocar" o público como muito gosta. E somente com seus os mal-amados estádios Euro 2004 lá conseguiu estar na ribalta de novo. Esclareco que não sou contra o chamado pós-modernismo arquitéctonico nem sou um defensor das linhas mais sóbrias e práticas de por ex. chamada "Escola do Porto". O que sei mesmo é que não não estimo a aberração cromática que Taveira aplica nos seus projectos. E até sim, gosto de aplicação de cores arquitectonicamente mas já não gosto de orgias de cor. De Taveira, ainda consigo até gostar do Palmela Village. A cor ali é diluída em pequenos edíficios e é mais suportável, mas nas suas construções mais volumosas já detesto. E a nivel das formas também nunca lhe reconheci nada de genial.

Não creio que ele esteja no CM por ser UM arquitecto ou O arquitecto como se gosta de fazer passar. Está lá porque é O Taveira, está lá pelo seu mediatismo (negativo) e por o CM ter a orientação em termos de público-alvo que tem. Por isso não me importava que no seu lugar estivesse alguém que realmente educasse. É que já estamos farto de saber pelas suas palavras que é um génio incompreendido que só o futuro lhe irá dar razão. Por mim que o seja só no futuro. Não me importa que eu seja mais uma pessoa de pouca visão, um inculto. Importa-se então de ocupar menos espaço no presente sr. Taveira?

Nota: As crónicas de Tomás Taveira podem ser normalmente consultadas no seu Sítio Web.

Saturday, September 10, 2005

Tarzan Taborda RIP




Tarzan Taborda RIP

Desapareceu a velha glória do wrestling nacional. Goste-se ou não de wrestling, Albano Taborda Curto Esteves tornou-se um mito nacional. Nos mais velhos a memória lembra-o por ter sido campeão de wrestling, bailarino, duplo em Hollywood e de ter conhecido algumas estrelas do show-biz. Nos mais novos a recordação fica pelos seus comentários de wrestling da antiga wwf nas manhãs dos fins de semana na RTP. Todos se lembram com certeza com um sorriso, a forma como defendia que aquilo não era teatro e que todos aqueles golpes podiam levá-los à morte certa. Como nos divertiamos a ouvir as suas aventuras nas terras de Saddam, os seus reptos para que o tentassem derrotar e o facto de ser invencível. A forma como se orgulhava disto tudo fazia-o parecer como um grande fanfarrão mas o certo é que ao invés quase todos sentiam um grande simpatia por esta figura.

Infelizmente a sua saúde de ferro de que sempre se tinha gabado não o salvaram de um ataque cardíaco. Eu, como provavelmente muita gente vou sentir saudades. Que faças muitos "suplexes" no céu Tarzan Taborda.

Thursday, September 08, 2005

Eerie, Indiana




Eerie, Indiana

Jim Prufrock em Push, Dale Cooper em Twin Peaks e Marshall Teller em Eerie. Três personagens em três diferentes cidades e séries televisivas. Todas elas tentam afincadamente resolver os mistérios de tais lugares. Mas Eerie acaba por se revelar a cidade mais bizarra de todas. Quando o jovem Marshall Teleer de 13 anos vai morar para uma pacata cidade de Indiana com 16.661 habitantes tudo lhe parece normal. Pelo menos aparentemente. É que olhando atentamente, descobre-se que em cada esquina de Eerie há anomalias em que ninguém repara. Máquinas Multibanco que querem ser nossas amigas, uma organização subterrânea que arquiva objectos perdidos, donas de casa que se preservam em tupperwares, fenómenos mais clássicos como ovnis, piratas, pés-grandes e ainda o facto de o Elvis, sim o Rei, ainda estar vivo. A lista de eventos estranhos é interminável. Mas o céptico Marshall e o seu amigo Simon recusam viver uma vida comodista e fingir que nada ali se passa e vão evidência a evidência, colecionando as provas. É que um dia, esperam contar ao resto do mundo sobre a sobrenaturalidade de uma cidade que mais parece ser um vórtex de acesso à 5ª Dimensão.

Esta série é datada de 1991 e chegou a ter 5 episódios realizados por Joe Dante do mítico Gremlins. Teve vida relativamente curta (20 episódios) e não foi grande sucesso mas criou uma pequena legião de aficionados que viram nesta série uma boa paródia á 5ª Dimensão e a todas séries semelhantes (há quem lhe chamasse a "A 5ª dimensão para crianças"). A RTP passou na altura esta série e para muita supresa minha resolveu voltar a exibi-la (por vezes em dose dupla) nas manhãs de Domingo. Por isso é que resolvi criar este post para chamar a atenção. Eu ainda revi alguns episódios e diverti-me tanto como dantes. A exibição aviso já, deve ir perto dos ultímos episódios. No entanto pode igualmente ser revista em DVD já que está editada em solo americano. Ao que se diz, a edição não é muito boa e para nosso azar nem legendas em inglês tem. Fica o aviso e metam o vídeo a gravar entre as 8 e as 9 de domingo. Com sorte...

Classificação

Monday, September 05, 2005

Heidi - Singles 7''



Heidi - Singles 7''

"Avôzinho, diz-me tu...". Pois é, resolvi para primeiro post da secção Sonoridades recordar um mito que está na memória de muitos. Parte da imaginação do mágico Hayao Miyazaki que criou Conan - o Rapaz do Futuro, A Princesa Mononake, Spirited Away/A Viagem de Chihiro (e agora vai aparecer com Howl's Moving Castle) a série animada fez as delícias de muitos. Mas neste post não vou falar da série em si e vou antes explorar a edição musical que a série teve por cá.

O sucesso desta série em Portugal (e Espanha também) foi tanto que era possível na época (1974-76) encontrar pelo menos 4 versões do tema original, Avôzinho (Oshiete/Dime Abulito em Japonês). São esses singles que apresento.



1ª Versão - Original/Japonesa - Edição Portuguesa (1974 - RCA / Telectra - SPBO-7033)
O clássico criado pela dupla Kishida Eriko (letras) e Watanabe Takeo (música). Orquestral, uma voz japonesa suave e meiga (2.31 de duração). No outro lado Mattete Gora (Oye). Igualmente uma bela canção no mesmo tom que o lado A (duraçao de 2.12). A imagem gráfica da capa portuguesa não tem nada a ver com a série animada. Curiosamente a licença na contra-capa está é atribuída à RCA espanhola pela Fuji. Provavelmente a RCA não tinha filial por cá.



2ª Versão - Espanhola - Edição Portuguesa (1974 - RCA / Electra - SPBO-2379/E)
Mesma capa que a edição portuguesa do original japonês. Contra-capa com ambas as letras em castelhano. As versões são bem fiéis ao original e são executadas por Carlos Ramón e Amart. O lado A tem 2.38 e o lado B 2.13.



3ª Versão - Portuguesa (1976 - Emi / Valentim de Carvalho [008 40418])
Mais uma capa sem o grafismo original da série animada. Cantada por Maria João (será que...) e Coro, versões de Marcelo Duran e arranjos e direcção do maestro Jorge Machado. Os tempos não estão indicados (e eu fui preguiçoso!).



4ª Versão - Portuguesa (1976 - Roda [RS 107])
Tenho pena de não apresentar a capa deste single mas infelizmente só consegui arranjar este single sem a dita. Pela label esta versão é baseada nos arranjos da dupla espanhola mas tem igualmente o arranjo e direcção do já falecido Shegundo Galarza. Ambos os temas são cantadas por Magda e Turma 8. O lado A tem 2.49 e o lado B 2.15.

Creio que é possível encontrar esta mesma versão no cd Caixinha de Sonhos - Volume 1 da Vidisco, mas disto não tenho a certeza. Se não for a mesma versão, então acrescenta-se uma nova versão cantada em português (a terceira).

5ª Versão - Portuguesa (2005 - Universal Music Portugal [986 933-1])
Recentemente Tó-Zé Brito teve a iniciativa de lançar "As Melhores Canções Infantis" em que inclui Avôzinho. Infelizmente neste novo CD esta versão não é nenhuma das que se encontram já editadas em single (ou outros temas na colectânea como Jacky, Dartacão parecem ser as versões originais). Provavelmente não foi possivel recuperar a matriz original (ou houve problemas de copyright?) e por isso é antes recriada numa nova canção. Só que a voz desta cantora peca por ser esganiçada, artificialmente pseudo-infantil e com os instrumentos a quererem parecer ter pressa de chegar a qualquer lado pois tal é a velocidade comparada com o original. Esta versão apresenta um grande desrepeito à atmosfera suave e campestre existente nas anteriores versões pelo que o resultado é um bocado atroz. Acho que antes prefiro ouvir o José Figueiras a cantar as suas canções tirolesas. Esta versão tem 3.04 minutos.

Lá por fora houve a edição da banda sonora completa, no entanto não sei se cá foi editada, é natural que sim. Se alguém tem informações sobre um álbum que deixe um post.

Nota Eu estou a estudar a melhor forma para apresentar samples audio dos temas deste e de futuros posts. Vejam um dia este post de novo e pode ser que já tenha resolvido a questão.

Sunday, September 04, 2005

Spider-Man - The Animated Series (2003)





Spider-Man - The Animated Series (2003)

Alguém se lembra da série de animaçao 3d de nome Reboot exibida na RTP1/RTP2 (e que há-de ser objecto de post próprio) em que um vigilante, o Bob, uma dona de um bar chamada Dot e o seu sobrinho Enzo viviam dentro de um sistema informático e eram aleatóriamente arrancados à força para participarem em variados videojogos? Não? Mas duvido que não se lembre do videoclip dos Dire Straits "Money for Nothing". Sim, sim, com aquela espécie de trabalhadores bucha e estica e o cão com caras quadradonas. Foi um dos primeiros sucessos no uso de animação 3d em videoclips. Ora o que tem em comum o Reboot, o célebre videoclip e a série que lhe vou falar? É que são fruto da criatividade da empresa canadiana Mainframe. Felizmente continua viva e produzindo 3d que vai dignificando tecnicamente o seu uso nas séries animadas.



A nova série Spider-man (designada de "The New Animated Series" ou "2003" para distinção das anteriores) é uma boa ideia da Marvel porque não é um vulgo produto de rentabilização da personagem. Usa uma técnica inovadora no ramo e tem histórias bem construídas. Aliados á Mainframe, aparecem argumentistas como Brian Michael Bendis, antigo argumentista e desenhador indie no seio dos Comics e agora responsável pelo destino de muitos personagens Marvel e realizadores como o Sam Raimi (The Evil Dead, e os Spider-Man, etc.).Esta série pode ser descoberta perdida nas manhãs de Sábado ou Domingo na TVI e foi exibida originalmente na MTV. Felizmente a TVI gosta de rentabilizar o seu espólio e vai repetindo por vezes a série, mas infelizmente são dobradas pelo que perdemos as vozes originais de Ian Ziering (o Zack de Beverly Hills 90120), Neil Patrick Harris (o jovem doutor de MD Doctor House), da cantora Lisa Loeb e do seu próprio mítico criador Stan Lee. Não tenho nada a apontar á dobragem portuguesa mas gosto sempre de apreciar o original. O que torna tão bom em 3d esta série é o uso não de 3d puro mas de uma técnica chamada Cell Shading e que já era utilizada por ex. no suberbo jogo Jet Set Future para Dreamcast (e depois reeditado em X-box). A técnica gráfica consiste em aplicar um aspecto/textura "plana/2d" por cima da animação 3d em si, observem as imagens para melhor compreensão. A movimentaçao e realismo dos gestos das personagens são assombrosos e por vezes parece mesmo estarem reais actores em palco. A direcção é boa, com bons argumentos a não roçarem o rídiculo como é apanágio da Marvel em questão de séries animadas.

Existem somente 13 episódios que já podem ser encontradas no mercado americano/canadiano em DVD e (e respeitando o formato panoramico), mas está anunciada uma nova época do qual nunca mais ouvi falar.Para quem tem uma X-Box existe uma versão do jogo felizmente com o mesmo cell shading. Se puderem, descubram-na.

Classificação

Thursday, September 01, 2005

Manifesto



Manifesto

Olá, bem-vindo ao "o meu piu piu". Antes de qualquer outro post fica aqui um breve manifesto introdutório. O nome de mais este blog é como pode ser entendido uma evidente e inocente paródia ao nome do mui célebre "o meu pipi". Mas as coincidências ficam por aí porque até não sou adepto da gratuitidade do humor escatológico no referido blog. Utilizar aqui a mesma forma de humor talvez fosse meio-caminho para este blog ter algum sucesso e uma audiência avultada. Mas não é esse o objectivo deste meu "o piu piu". O nome, por mim, não podia estar melhor escolhido e desenganem-se quem pensa que a escolha é talvez um golpe de Marketing em que me colo ao sucesso do "meu pipi". Este nome nasceu duma metáfora em relação à sociedade dos mass media onde vivemos. Eu explico. Ocasionalmente vou aqui vou desabafar, escarafunchar e dissecar sobre diversos assuntos sem que provavelmente muita gente repare nas minhas palavras. Por outras palavras vou como que piar, piar baixinho, são meros pios insignificantes no meio de tantos "pius pius blóguisticos". São milhares de blogs que nascem todos os dias parece. Mas até o que interessa nestes dias é mesmo ainda ter a liberdade para piar. Se nos media tradicionais de massas é a censura que impera, imposta por parte de interesses políticos, comerciais e de determinados grupos, pelo menos na internet ainda é possível piar (até agora) com uma certa liberdade. Isso desde que aves de rapina nunca reparem nos insignificantes passarinhos. É que os blogs são muitas vezes passarinhos mais ou menos escondidos com os seu pius pius denunciam a outros passarinhos os vôos ameaçadores de outras aves predadoras que pairam nos céus. Mas o Big Brother cibernáutico começa a ser uma realidade perante as desculpas que são hoje a profileração do terrorismo (ou a intencional magnificação mediática dele), a suposta necessidade de segurança, da hipócrita decência e do falso moralismo. Tudo desculpas para que haja sempre um olho que nos controle e faça com que a privacidade já não seja um direito nosso.

Ora neste blog quem pia, é este humilde passarinho, ora isto é, eu, ora isto é, o Nuno, que é o meu nome. Na minha vida fiz a escolha à muitos anos pelo webdesign depois de me diplomar em Publicidade e hoje em dia, as coisas vão más pois como se sabe ninguém quer dar trabalho fixo e os trabalhos freelance rareiam, tantos são os que se lançaram no ramo como abutres esperando encontrar um El Dorado. Mas não falemos nas tristezas desta profissão. Sou um ávido interessado por varias matérias (demasiadas até, para poder seguir convenientemente a todas). Apesar da minha idade (que me escuso a revelar, lol) sou uma eterna criança. Não nego como muitos a centelha da criança que há em todos nós. Por isso não estranhem que no meio de assuntos sérios surgir um olhar crítico a assuntos que parecem infantis e nostálgicos. BD, brinquedos, jogos, anime, um alertas sobre a televisão dos mais novos onde por vezes vão surgindo pérolas, fruto de outras eternas crianças.

E pronto, para introdução já vai longa, espero ter maçado muito, e espero ter convencido a dar aqui uma olhadela e ouvir os meus pius pius. Tenho esperança é, que não seja um falcão com muita fome! ;)